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23 setembro 2014

Renovação da concessão: Frente parlamentar mobiliza entidades

O desafio está lançado: buscar 100 mil assinaturas para o Manifesto em Defesa da Renovação das Concessões das Empresas Públicas de Energia Elétrica. A proposta foi feita pelo presidente do Grupo CEEE, Gerson Carrion, durante a primeira reunião da Frente Parlamentar que defende o mesmo tema, nesta terça-feira, 15, na Assembleia Legislativa. “Vamos começar pelas entidades que representam os nossos trabalhadores; conclamo cada uma delas a buscar cinco mil assinaturas até metade de outubro, multiplicando essa causa não só internamente, mas também entre as pessoas de suas relações”, sugeriu Carrion.

Os parlamentares da Frente que participaram da reunião defendem que a ação seja firme, de forma a extrapolar os limites do Rio Grande, chegando aos estados. Os deputados afirmaram que esta é uma causa de Estado, “para impedirmos que volte a ocorrer o que já foi feito em relação à CEEE. É preciso mostrar à sociedade a importância de uma empresa pública garantir um serviço essencial”, priorizando a população e não as exigências de mercado. Com isso, eles esperam convencer as pessoas a assinarem o documento, conscientes de que estão lutando por uma causa justa.

Diversas entidades participaram da reunião e receberam suas cópias do manifesto para que colham as assinaturas. Aquelas que não compareceram receberão em suas sedes o documento. Entre as lideranças presentes, se manifestaram representantes do Sindicato dos Técnicos Industriais de Nível Médio do RS (Sintec), Fundação CEEE, Associação dos Técnicos da CEEE (ATCeee), Sindicato dos Engenheiros (Senge), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do RS (CREA), Associação dos Técnicos da Corsan e Uniproceee.

A próxima reunião, que fará um balanço deste primeiro mês de coletas de assinaturas e programará novas ações – como um seminário envolvendo as outras empresas públicas e uma audiência pública para discutir o assunto – deverá ocorrer na metade de outubro.

Gerson Carlos Lima Vilar (Sintec):
“Sempre fomos parceiros no intuito de preservar a CEEE como empresa pública. É um anseio dos colegas, que já nos procuraram para assinar o manifesto. Podemos promover uma ação para isso.”

José Joaquim Fonseca Marchisio (Fundação CEEE)
“É extremamente importante mobilizar a sociedade para este tema tão relevante. Na minha terra, Alegrete, as pessoas manifestam saudade da CEEE. Se não houver ação intensa e coesa dos agentes a mercê do mercado, já sabemos qual o resultado; e será o tiro final. Tem que se preservar este patrimônio.”

Marco Adiles Moreira Garcia (ATCeee):
“Precisamos preservar os recursos naturais e não permitir que eles sejam controlados por um mercado que não tem autorregulação. A importância da empresa pública está não em sua existência em si, mas no papel social e na responsabilidade com o futuro da população que ela precisa ter.”

Luiz Schreiner (Senge):
“Tenho muita satisfação em ver o parlamento se engajando nesta luta, que é de toda a sociedade gaúcha. O Sindicato continua à disposição da Assembleia e da CEEE para seguir este movimento.”

Joel Fischmann (CREA):
“Temos um histórico de lutas em defesa das empresas do Grupo CEEE e alertávamos para o processo de desvalorização da Companhia que se desenhou e só não acabou com a Empresa, mas prejudicou muito. Vamos partir para as ações concretas de coleta das assinaturas.”

João Luís Martins Collar (Fundação CEEE):
“É bom lembrar do perigo do estado mínimo e que isso pode representar para a sociedade e para as vidas que estão envolvidas nesta Empresa, especialmente a CEEE Distribuição, que é a maior das três empresas do Grupo CEEE.”


Rodrigo Henrique Costa Schley (Uniproceee):
“Este é um passo importante para criar um compasso político para convencer a sociedade e os poderes instituídos da necessidade de renovar a concessão da CEEE Distribuição. Estão em jogo o trabalho de mais de 4 mil pessoas e o desenvolvimento do Rio Grande do Sul.”

Marcelo João Valandro (ASTEC e SINTEC)
Marcelo João Valandro (Associação dos Técnicos da Corsan e Sintec):
“Precisamos estar com a sinergia necessária para garantir CEEE e Corsan como empresas públicas. Para isso, vamos envolver as associações de classe, entidades, sindicatos, centrais sindicais, associação de moradores, etc., para mostrar o quanto é importante manter essas empresas e não darmos valor só quando as perdemos, como aconteceu com a CRT.”